quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pequenos Enganos Viscerais


O estômago pensou ser coração
O intestino respirou oxigênio
para garantir o pulso
O coração, no auge do ciúme,
resolveu se rebelar

A poesia ferveu-o as artérias
Afrouxou-o dos pulmões
Correu por onde mais lhe cabia
Desceu a passos largos
Trombou nos cotovelos
Chegou às pontas dos dedos

No desespero da corrida
Nos encalços do percurso
Faltou-lhe o fôlego
Descobriu o mundo em volta
Esboçou reticências...
Travou na terceira estrofe.

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